Após ficar um dia passeando por San Pedro de Atacama, o segundo grande trecho de viagem seria até Lima, e seriam 5 dias para tal, reservando um dia para fazer um passeio em Paracas.
Segue abaixo mapa do segundo trecho reunindo os próximos dias de viagem:
Nossa programação de viagem era sair de San Pedro de Atacama e pernoitar na cidade de Tacna, já no Peru. E como o trecho é de mais de 750km, resolvemos sair cedo para fazer o dia render. E assim foi.
O Atacama é uma região muito árida, e sempre faz frio durante a noite e inicio da manhã. Chegamos a pegar 5 graus célsius de temperatura no início da viagem.
Saindo de San Pedro de Atacama, com destino à Calama, a paisagem é muito bonita. Já nos primeiros quilômetros passa-se pelo Vale de Marte (ou Vale de La Muerte), e o Vale dos dinossauros, onde a formação rochosa faz lembrar uma fila de dinossauros. Se parece eu não sei, mas é bonito.
Seguindo até a Ruta Panamericana, que no Chile é a Ruta 5, passa-se próximo a cidade de Calama, onde recomendo abastecer, pois não há posto nos próximos 200 km.
A Ruta Panamericana é o nome que se dá as diferentes rodovias, de diferentes países, que unidas vão do Chile ao Alaska. Mas na verdade não é bem assim, pois não há rodovia conectando a Colômbia a América Central.
Neste trecho da Ruta Panamericana a rodovia é quase toda em pista simples, mas com bom asfalto, e bem sinalizada.
A viagem rendeu e chegamos por volta das 16h na aduana peruana, que fica entre as cidades de Arica/CHI e Tacna/PER. Chegando lá começamos a fazer os tramites, e aí que surgiu o primeiro imprevisto da viagem. Nos foi solicitado um formulário preenchido, que era fornecido somente ali na própria aduana. Só que para nossa infelicidade não havia mais o formulário. Então nos sugeriram tentar conseguir com os motoristas dos ônibus que chegassem ali, pois as vezes eles tinham em excedente, e poderiam nos vender.
Já estávamos pensando que teríamos que ficar no Chile naquele dia, e tentar novamente no dia seguinte. Mas para nossa sorte, uma pessoa apareceu do nada, percebendo nossa aflição e nos ofereceu o formulário, sem nos cobrar nada. Que alívio.
Logo após a Aduana há uma loja que vende o seguro contra terceiros para veículos estrangeiros, que é obrigatório. É o equivalente à Carta Verde da Argentina. Lá se chama de SOAT.
Logo após a aduana chegamos à cidade de Tacna, onde passaríamos a noite. A cidade é bonita, organizada (para o padrão Peru), e com boas opões de hotéis e restaurantes. Recomendo definitivamente não ficar em Arica, e seguir até Tacna.
Ficamos no Hotel La Mansion, que fica numa ruazinha meio estranha, suja. Mas o hotel é bem bom e próximo do centro.
Se você quiser saber mais sobre Tacna clique no link abaixo:
Saindo de Tacna, nosso destino do dia foi Arequipa, que não é exatamente no caminho de Lima, mas com um pequeno desvio foi possível conhecer esta cidade muito bonita, chamada de A Cidade Branca. A nossa ideia era chegar cedo para poder aproveitar a tarde em Arequipa e “turistar” um pouco.
O trecho do dia era de aproximadamente 400km, pela Ruta Panamericana, que no Peru tem o nome de Ruta 1S. A estrada continua em pista simples, mas com excelente asfalto.
No Peru há alguns pontos de parada obrigatória para conferencia de documentos aduaneiros. Então fiquem atentos e portem sempre os documentos organizados.
Em Arequipa ficamos no Hotel Casa de Ávila, que é um hotel bem legal, com amplo pátio interno e com quartos bem espaçosos. Logo ao lado do hotel ficava o estacionamento. Que é fundamental para quem viaja de moto. O transito nesta cidade é meio complicado, com muito movimento e ruas estreitas, onde não há corredor para as motos escaparem do congestionamento.
Se você quiser saber mais sobre Arequipa clique no link abaixo:
No dia seguinte o destino seria Paracas, uma cidade costeira, próxima a reserva nacional de mesmo nome. E por isso a cidade é repleta de hotéis luxuoso e resorts, e de lá saem diversos passeios a barco para conhecer as ilhas santuários da vida marinha, com pinguins, leões marinhos e etc.
O trecho do dia foi de cerca de 800km, onde a Ruta Panamericana é muito sinuosa e vai costeando o oceano pacífico. Se por um lado é uma rodovia com paisagens muito bonitas, por outro lado, o trecho não rende muito, devido a sucessão de curvas.
Chegando próximo a Nazca, a Ruta vai mais ao interior do país, e as retas aparecem. Neste trecho, estão localizados as famosas Linhas de Nazca, famosas no mundo todo.
Para quem não tem tempo, e/ou interesse e/ou dinheiro para fazer passeios de avião para visitar as inúmeras demarcações dos primitivos povos Nazca, como era nosso caso, pode-se apenas subir na torre que fica junto a rodovia e de onde pode-se avistar três diferentes desenhos: as mãos, a árvore e o réptil, que é literalmente cortado pela rodovia.
Seguindo viagem tínhamos outro destino de passagem a fazer, Huacachina, um Oasis no deserto. No entanto, devido ao trecho cheio de curvas, e a parada no mirador das linhas de Nazca, já estava anoitecendo e resolvemos passar reto.
Huacachina fica próximo à cidade de Ica, e é um lugar muito diferente, que ainda quero conhecer.
Chegamos em Paracas já estava escuro.
Ficamos hospedados em um Hostal chamado Paracas Aquamarine Hostal. O nome é imponente, mas as instalações são bem simplórias.
Fizemos um passeio de barco até a reserva marinha, passando pelo mítico geóglifo chamado Candelabro.
Se você quiser saber mais sobre Paracas clique no link ou na imagem abaixo:
– PARACAS: onde o deserto encontra o mar
De Paracas a Lima são apenas 260 km, de estrada duplicada, e em bom estado.
Como era um domingo, tinha pouco movimento. E aproveitamos para fazer a viagem render e chegar cedo em Lima.
Lembra que comentei em outro post que planejamos muito bem nossas viagens? Pois é… chegar no Domingo na cidade com trânsito mais caótico do país foi parte do planejamento.
O transito no Peru não é pra amadores, pois os motoristas vão se “enfiando” e se você não fizer o mesmo, ninguém te dá espaço. Então é preciso sempre estar atento no transito em todas as direções.
Como sempre fazemos, especialmente em cidades grandes, planejamos o trecho de moto na chegada ao hotel e na saída. O restante dos passeios fazemos a pé, de Uber, taxi, etc. Mas a moto fica “descansando” no hotel.
A cidade de Lima é enorme e cheia de atrações, e vale muito a pena reservar 3 a 4 dias para conhecer.
Se você quiser saber mais sobre nossa experiência em Lima clique nos links ou na imagem abaixo:
– 10 Lugares imperdíveis para conhecer em Lima
– LIMA: quantos dias ficar, onde se hospedar, quando ir e onde comer
Veja o vídeo que produzimos desta Viagem de moto Brasil, Argentina, Chile, Peru e Bolívia.
Abaixo link de todos os trechos detalhados da viagem:
Trecho 01 – Chapecó a San Pedro de Atacama
Trecho 02 – San Pedro de Atacama à Lima
Trecho 04 – Cusco, Copacabana e Uyuni
IMPORTANTE:
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